As reuniões estão presentes em empresas de todos os tamanhos e formatos, e é necessário um esforço consciente para garantir que sejam práticas e produtivas em vez de uma lista interminável de atualizações de status. À medida que equipes de todo o mundo passaram a trabalhar exclusivamente à distância, muitas delas tiveram que repensar todos os aspectos das suas reuniões, desde o conteúdo até a cadência. Para ajudar a facilitar este reajuste para as equipes que estão neste processo de transição, pedimos aos nossos clientes e à comunidade para compartilharem suas estratégias, dicas e conselhos favoritos sobre como realizar reuniões virtuais eficientes. Veja a seguir o que eles disseram.
As reuniões individuais, ou seja, momentos específicos para estar em contato regularmente, criar empatia, orientar e apoiar, são um elemento essencial da nossa cultura, mas criar empatia em um ambiente remoto pode ser uma tarefa difícil. Em uma reunião virtual, podemos ter a tentação de nos aprofundarmos de imediato no assunto da pauta ou no tema a tratar. Anne Raimondi, diretora de clientes na Guru, ressalta que as reuniões individuais à distância devem começar com uma conversa amigável de três a cinco minutos para saber como está a vida pessoal de seu colega e fazer perguntas do tipo “Como está se sentindo?”, “Precisa de alguma coisa?” e “Como posso ajudar?”.
Na Guru, destinamos intencionalmente de três a cinco minutos no início de cada reunião individual e de equipe a uma conversa amigável, para não entrarmos logo de início no conteúdo e na pauta da reunião.”
L. David Kingsley, vice-presidente sênior e diretor de pessoas na Vlocity, disse que para alguns funcionários, atuar em um ambiente de trabalho remoto é como estar na pele de Bill Murray no filme “Feitiço do Tempo”, a menos que os líderes façam um esforço consciente para que todos participem da conversa, e também mudem as abordagens utilizadas para contribuir para o alinhamento e realização dos objetivos da equipe. As reuniões de equipe são uma ótima oportunidade para os líderes incluírem variações nas formas como se comunicam com a equipe. David estruturou recentemente uma das reuniões da sua equipe em torno do que ele chama de os três “Pês”. Cada membro da equipe foi solicitado a levar um dos três “Pês” — uma planta, um pet (animal de estimação) ou uma pessoa — do seu ambiente de trabalho remoto para a reunião. A ordem era intencional: aqueles que levassem plantas seriam os primeiros a apresentar; em segundo lugar, os que levassem pets; e por último, os que levassem pessoas (por exemplo, crianças ou cônjuges). Conforme David nos explicou:
Isso deu às pessoas que moram sozinhas a chance de compartilhar algo pessoal, assim como eu, quando meu filho entra no escritório e sobe na cadeira. Ele é uma gracinha e todos querem ver o bebê fofinho. Da mesma maneira, cada um tem algo pessoal que gostaria de compartilhar. Especialmente em momentos como este, é fundamental nos concentrarmos primeiro em nossas necessidades mais humanas de compartilhar e conectar uns aos outros. ”
O evento foi uma ótima oportunidade para criarmos laços e relações. Os membros da equipe falaram sobre suas plantas, que quase sempre tinham nomes, com uma paixão comparável à dos membros que apresentaram seus pets, cônjuges e familiares. E, o mais importante, todos se sentiram incluídos e apoiados.
Assim como em muitas empresas, foi necessário transformar alguns de nossos eventos presenciais já planejados em eventos virtuais. Uma reação precipitada pode levar a querer tornar o evento virtual o mais fiel possível ao evento presencial. Entretanto, essa não costuma ser a melhor abordagem.
A Anne nos recorda que os eventos virtuais devem ser uma oportunidade de subtrair e simplificar, e não de simular. É essencial reavaliar os objetivos do evento, bem como encontrar a melhor forma de os alcançar em um formato on-line. Recentemente, Anne e sua equipe optaram por transformar um evento presencial de três dias em uma série de módulos on-line com duração de várias semanas. Como resultado, esperam que os participantes estejam mais bem preparados para absorver o conteúdo de maneira virtual, pois ele já não será abordado em uma única sessão muito longa.
Ao mudar para um evento virtual, tivemos que dar à equipe tempo e liberdade para que não sentissem que era necessário modificar seus planos originais para se adequar ao formato on-line. Permitimos que eles se pronunciassem: ‘Isso já não faz mais sentido.’ Perguntamos a eles: ‘Quais coisas vocês eliminariam por serem específicas ao evento presencial e que agora seriam inúteis ou sem valor, ou nos fariam perder tempo e a nossos clientes atuais ou potenciais?’ ”
Para muitas empresas, as reuniões gerais são a principal forma de comunicar as atualizações do negócio. Durante estes momentos de incerteza e dificuldade, as reuniões gerais também não ocorrem num contexto de normalidade, por isso o seu formato deve ser revisto de forma a priorizar o bem-estar dos funcionários.
Na Vlocity, Kingsley e sua equipe reformularam as reuniões semanais de modo que a primeira metade se destinasse a fazer uma renovação de propósitos de cada um dos funcionários, o que inclui uma série de perguntas elaboradas por Theresa Ludvigson, vice-presidente de integração global e programas de fidelidade na Salesforce:
O que tenho a agradecer hoje?
Com quem vou me contatar hoje ou perguntar se está tudo bem?
De quais expectativas de “normalidade” estou me desapegando hoje?
Como vou sair hoje?
Como vou me exercitar?
Que positividade estou criando, cultivando ou atraindo hoje?
Perguntas como estas ajudam a trazer uma base sólida para todos e a adotar uma perspectiva saudável durante períodos difíceis.
Contratempos técnicos são quase inevitáveis durante as reuniões virtuais, especialmente quando se alterna frequentemente entre os diversos apresentadores. De acordo com o especialista em comportamento organizacional Bob Sutton, os participantes e apresentadores devem presumir que as apresentações virtuais serão 25% mais demoradas do que as presenciais, considerando o mesmo conteúdo. Segundo Bob, a questão não é se ou quantas falhas técnicas ocorrerão, mas sim como os apresentadores lidarão com elas.
Falhas técnicas fazem parte das reuniões virtuais. Elas devem ser tratadas com perseverança e elegância, não com nervosismo e culpa. ”
Lembre-se de que realizar reuniões eficientes pode ser um desafio mesmo em circunstâncias normais. Agora, mais do que nunca, é provável que a antiga abordagem da equipe em relação às reuniões não funcione da mesma maneira no ambiente virtual. Portanto, antes de pressionar o botão “enviar” do próximo convite de calendário, reflita sobre estas dicas e considere como você pode adequar a pauta ou o formato para estarem mais alinhados ao seu público remoto. Dedicar-se a fazer mudanças conscientes não apenas aprimorará o conteúdo, como também contribuirá para que a sua equipe se sinta ainda mais reconhecida e apoiada.
Para obter mais dicas e insights, confira o nosso guia de recursos para trabalho remoto. Ou, se estiver pronto para começar, experimente a Asana gratuitamente agora mesmo e ajude a sua equipe a se conectar e a colaborar ao trabalhar à distância.